30.10.10

The Walking Dead: Expectativas e Receios

Para quem anda distraído e não tem visto a publicidade na televisão nem os cartazes nas paragens de autocarro, está prestes a estrear uma nova série na Fox. Série essa, baseada num universo ficcional que me é muito querido, a banda desenhada The Walking Dead.



The Walking Dead, de Robert Kirkman, é um intenso conto de sobrevivência num Mundo virado do avesso. Neste caso, os antagonistas são Zombies, mas também podiam ser extraterrestres, lobisomens ou cães de loiça raivosos. Isso não é relevante. Interessa saber que as personagens convivem numa situação extrema e que os códigos morais e de conduta deixam de fazer sentido. Para mais informação sobre a banda desenhada, sigam o link (BANDA DESENHADA: THE WALKING DEAD). Poderão ver que a minha opinião sobre a série não mudou de 2007 a esta parte.

A banda desenhada venceu um prémio Eisner em 2010 (o equivalente aos Óscares para a Nona Arte) e a crítica especializada tem vindo a tecer os mais rasgados elogios à obra. A secção de banda desenhada do site IGN, que dedica parte do seu espaço a criticar livros, nunca deu uma nota mais baixa do que 8,5 em 10 a The Walking Dead. Em quase oitenta livros, isso quer dizer muito.

Em Novembro sai o 13º Trade Paperback, mas antes disso temos uma série televisiva de 6 episódios, e toda a gente ligada ao mundo dos livros aos quadradinhos deposita nela imensa fé. O próprio Kirkman realizou um episódio! Não há como falhar, dizem, mas eu não consigo deixar de ficar inquieto.

Os meus receios em relação a The Walking Dead são simples:

- Receio que a série não tenha sucesso e que isso dite o final da banda desenhada;

- Receio que a série tenha um sucesso de tal forma avassalador que a narrativa avance rapidamente até ficar a par com a banda desenhada, o que fará com que as histórias sejam escritas à pressa e a banda desenhada perca qualidade e definhe.

Atentos que acredito perfeitamente que a série será boa, com um material de base desta qualidade teria de tudo correr horrivelmente mal para que assim não fosse. Basicamente, gosto demasiado desta série e despendi tanto tempo com estas personagens que não gostava que tudo acabasse entretanto. Robert Kirkman, no primeiro volume da banda desenhada, referiu que o seu objectivo era criar uma história de zombies sem final à vista. Que as aventuras do grupo de Rick Grimes pudessem durar enquanto houvesse imaginação para as escrever. Criar uma série de televisão em torno de The Walking Dead poderá potenciar um final desse Universo. Ou não. Tudo depende de como as coisas forem feitas.

Para já, a série está criada e estreia amanhã nos Estados Unidos, e 2 de Novembro na Fox nacional. Eu tenciono vê-la e disfrutá-la ao máximo, porque, apesar dos meus receios, ver a Amy, o Rick, o Carl, a Michone, a Lori, o Glenn, o Dale, até o "maior filho da puta de todos os tempos" Governor, todos em carne (putrefacta) e osso (rachado), é a prova da inegável qualidade da obra de Robert Kirkman. The Walking Dead é a minha banda desenhada favorita, e como nerd que sou, fico feliz se lhe for feita justiça.

1.10.10

Provérbio do Borda D'Água para Outubro de 2010



Se o gajo do Borda D'Água manda é para ser feito!