5.1.09

RESSACA KOSOVAR - Dance of the Dead

Ressaca Kosovar especial, que marca não só a primeira bebedeira de 2009 (de proporções épicas) como o final do meu contrato de trabalho como segurança (?!?!?) de um evento natalício que decorre anualmente lá para os lados da vila de Óbidos, local tão pitoresco e romântico quanto gélido e húmido. Curiosamente ou talvez não, os meus companheiros de ressaca foram também os meus colegas de trabalho, o Jamie que no Sábado à noite destruía todas as pistas de dança por onde passava e o Nuno que apesar de gastar sempre entre 30 e 40 euros de cada vez que vai a uma discoteca, afirma nunca ter tido uma ressaca na vida. Habitualmente, nas nossas primeiras horas de serviço (e o horário contava com 13 lindas horinhas de serviço seguidinhas) não existem muitos prevaricadores e o perímetro encontra-se calmo, de modo que víamos sempre um filmezito para passar as horas, normalmente uma qualquer xaropada de Hollywood que não interessa a ninguém. Porém, na noite de ontem lá calhou termos visionado uma película daquelas que tanto me aprazem, um belo filme de Zombies!



Dance of the Dead, apesar do título, não possui qualquer relação com a série de filmes de mestre Romero, estando mais próximo da estética do também já clássico Shaun of the Dead, aliando humor a terror. Numa pequena localidade Norte-Americana em tudo semelhante a Springfield, chega o final do ano lectivo e dá-se o habitual baile de finalistas. No entanto, este ano os mortos-vivos resolvem voar (literalmente) das suas campas e devorar os habitantes da pequena cidade (subentende-se que os mortos voltaram à vida devido a uma infiltração na central nuclear, mas esse pormenor nunca é totalmente explicado, como é conveniente). Salvam-se os enjeitados, aqueles que não conseguiram "dates" para o "prom" mas que ainda assim correm para resgatar os sobreviventes do baile de finalistas. O costume. Os feios ganham, os bonitos morrem, os zombies mordem, os mortos não bebem. No visionamento deste filme aprendi que:

  1. Os sapos, apesar de não possuírem dentes, são viciosos devoradores de cérebros quando transformados em zombies;
  2. Os zombies conduzem melhor mortos do que eu bêbado;
  3. As raparigas de liceu feias nos Estados Unidos são mais bonitas que as raparigas bonitas em Portugal;
  4. Só depois de morto vais conseguir beijar a rapariga dos teus sonhos, portanto nem te esforces muito com isso, basta esperares que o mundo acabe;
  5. Apenas o poder redentor do Rock and Roll é capaz de contrariar o Apocalipse.

Veredicto: Não sei o que achar deste Dance of the Dead. Se não estivesse tão violentamente abalado, era capaz de ter gostado mais do filme. Ou menos. Não sei, sinceramente. Este é um daqueles filmes que não tenta ser mais do que aquilo que é, sendo isso apenas mais um filme de Zombies e adolescentes. Já vi piores, mas ainda assim alturas houveram em que sofri com os solavancos na fluidez do enredo (e na minha cavidade estomacal também). Charles Bronson avisa-me que já que eu não me decido, decide ele por mim pois está atrasado para uma corrida de galgos e oferece a este filme:



(Dois Bronsons semi-nús em cinco)

E pronto, mais uma ressaca, mais um emprego, mais tempo para ver porcaria. Até à próxima, gente boa! Comam sempre os vegetais para crescerem fortes e saudáveis!

1.1.09