27.7.06

Filmes: Tromeo and Juliet

O ódio entre as famílias Que e Capulet já subsiste há incontáveis gerações. Tromeo Que é um pobre punk, cheio de tatuagens e piercings. Juliet Capulet é uma menina rica vegetariana que é forçada pelo seu pai a casar com um talhante, ao mesmo tempo em que desenvolve uma relação lésbica com a cozinheira da família. Quando os Capulet organizam um baile de máscaras, Tromeo consegue infiltrar-se na casa da família rival mascarado de vaca, e conhece Juliet. O amor nasce no meio do ódio. Shakespeare deve estar a dar voltas no seu túmulo. Eis Tromeo and Juliet.




A adaptação do clássico inglês, pelo presidente da Troma, Lloyd Kaufman, é um atentado ao bom gosto e à intocabilidade do dramaturgo William Shakespeare. Um filme de baixíssimo orçamento, Tromeo and Juliet é grosseiro e violento, mas também é provavelmente um dos melhores filmes de série-B de sempre. Temos aqui exploitation, humor, escatologia, soft-core, gore e, supreendemente, uma belíssima história de amor. Destaque também para a realização de nível superior (para filme da Troma) e para a utilização do texto de Shakespeare quando os actores principais contracenam (nota-se perfeitamente que estão a ler o teleponto, mas isso é um pormenor irrelevante).




Não sendo uma adaptação fiel ao original, Lloyd Kaufman consegue conferir ao seu filme todo o espírito e energia de Romeo e Julieta. Isto é, se ignorar-mos as cenas onde se vêm mamilos a serem furados, ou pénis gigantes, ou mulheres a dar à luz pipocas, ou decapitações e desmembramentos, ou roedores enforcados, ou o facto do pai da Juliet ser um pedófilo incestuoso que gosta de trancar a filha numa jaula... Tirando isso, quem gostar de violência e sexo e não se enojar com cenas de bestialidade e projecção de vómito, tem aqui um agradável filme para a família! Procurai-o pois, petizada!




Uma curiosidade, a narração está a cargo de Lemmy, vocalista da banda Motörhead.

Trailer:

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