27.9.06

Séries: Happy Tree Friends

Sendo eu uma pessoa com um imenso amor para dar, não posso sentir nada senão carinho e compaixão por todas as criaturas que Deus Nosso Senhor colocou à face da terra para serem admiradas em toda a sua graça. Os coelhinhos, os ratinhos, os leõezinhos, as osgazinhas, as formiguinhas, todas levam de mim o amor que brota do meu coração, qual cascata peganhenta de hemoglobina. Uns senhores responsáveis pelo site Mondo Mini Shows partilham comigo esta minha visão pelo mundo, de tal forma que resolveram criar uma série de animação plena de alegria e felicidade, intitulada Happy Tree Friends.



Happy Tree Friends é então um conjunto de episódios realizados em Flash, uma ferramenta que tornou a animação em algo muito mais acessível para o comum dos mortais sem acesso a computadores potentíssimos e programas mais valiosos que o meu ordenado líquido anual, e por conseguinte, que a minha própria vida. Os seus protagonistas são pequenos animais queridos e fofinhos capazes de levar a petizada à loucura tal é a vontade de os apertar até lhes tirar o fôlego. E é mesmo nesse aspecto que a série se distingue das demais. Os animaizinhos são realmente espremidos até ficarem sem fôlego e lhes saltarem os olhinhos das órbitas. E também decapitados, empalados, amputados, espezinhados, queimados e finalmente, assassinados apenas para voltarem sãos e salvos para o episódio seguinte.



Cada episódio começa como se de um livro para crianças se tratasse. As páginas viram-se e as personagens são apresentadas enquanto somos massacrados pela deveras viciante (e a certa altura, irritante) cantiga do genérico. Depois, somos presenteados com violência excessiva e gráfica, de tal forma que desejamos que nenhuma criança tenha o azar de encontrar um destes episódios pela internet, sob risco de ganhar um trauma para a vida. No final, recebemos sempre uma bela moral que serve de lição com o que aprendemos no dito episódio (Lava-te sempre atrás das orelhas, por exemplo).

Nascida na Internet, a série começou a gerar grande burburinho a partir do momento em que começou a ser exibida pela televisão (eu conheci-a no extinto Locomotion), apesar dos episódios nunca excederem os 3 minutos de duração. Vários DVD foram criados compilando as demais temporadas destes amigos peludinhos, e a primeira chegou entretanto a Portugal.



Perguntarão vocês, para quê comprar um DVD de uma série de animação quando todos os episódios se encontram espalhados pela internet? E eu respondo:

1- Que nem todos os episódios estão na net (na verdade, está para estrear uma série de Happy Tree Friends exclusivamente para televisão);

2- Que o DVD vem com mais de duas horas de material, arrumadinho e sem publicidade, ao contrário dos episódios internéticos;

3- Que esta edição contém episódios inéditos e hilariantes comentários audio dos criadores, bem como sketches, desenhos das personagens, storyboards e outras agradáveis surpresas;

4- Que podemos ver os episódios no conforto dos nossos sofás e levá-los para casa daqueles amigos que ainda não têm internet;

5- Que a edição do DVD vem com um peluche de uma das personagens da série à escolha. Eu levei o peluche do Cuddles, o coelhinho da capa, para oferecer à minha sobrinha de 3 anos, que assim que o viu fez má cara e disse "Fuuu, cheira mal" enquanto o atirava pela janela. Cuddles, nascido para sofrer!

Portanto, Happy Tree Friends, o DVD! Para quem gosta de animação e desconhece o significado das palavras "politicamente" e "correcto" juntas na mesma frase! Resistance is futile!

2 comentários:

  1. Ah, voltas aos cultos que partilho. Sou um grande fã de Happy Tree Friends desde que os descobri pela primeira vez, penso que fez este Verão dois anos.
    É uma imensa parvoíce, muito pouco refinada, mas viciante.
    Nunca pensei em comprar o DVD mas, pelo que dizes, talvez lá para o Natal...

    (também sou fã da música, é óbvio)

    ResponderEliminar
  2. Oferecer o peluche à sobrinha? Desgraça, se há momentos em que devemos ser egoístas é como este em que a Cuddles tem de ser nossa!

    ResponderEliminar