12.10.09

Séries: Flight of the Conchords

Os Flight of the Conchords, auto-intitulados "o quarto melhor duo Folk da Nova-Zelândia, ficando atrás da sua banda tributo, Like of the Conchords", é simplesmente a melhor coisinha saída dos antípodas desde... Sempre?



Os Flight of the Conchords são Bret McKenzie e Jemaine Clement, dois antigos colegas da Universidade que aliaram o seu gosto musical aos seus sentidos de humor dúbios, criando uma mistura que foi ganhando um culto pequeno, mas dedicado, na Nova-Zelândia natal desde 2000, passando pela Australia, e saltando para os países Anglófonos com sucessozinho e a partir daí, para a glória planetária relativa... O seu número, uma mistura de stand-up com concerto músical, deu origem a uma série de sketches radiofónicos para a BBC, 2 albuns (o terceiro sai este mês) e um EP galardoado com o Grammy para melhor disco de comédia e uma série televisiva com duas temporadas, a caminho da terceira... Assumindo-me desde já total e completo fã incondicional de tudo relacionado com Flight of the Conchords, destaco aqui a primeira temporada da série, por ser mais facilmente "encontrável" à venda em território nacional, com direito à preciosa legendagem em Português!



Os episódios giram em torno de Bret e Jemaine, dois pastores Neo-Zelandeses à procura do sucesso musical que insiste em escapar-lhes em Nova Iorque, parcialmente por culpa do manager Murray que se recusa em lhes marcar concertos depois das 7 da tarde por ficar escuro e ter medo dos bandidos, parcialmente por culpa da indiferença e preguiça dos Kiwis, mais interessados em engatar do que em actuar. Na equação temos também Mel, a única fã do Duo Folk, ao ponto de uma ridícula obsessão.

O humor é cru, violentamente cru, alimentando-se de silêncios. A interacção entre as personagens é tão indiferente e monocórdica que se torna hilariante, ao ponto de ir às lágrimas. E as letras das cantigas são excelentes, vivendo os episódios muito através delas. Cada música tem o seu teledisco, visualmente diferentes do resto da fotografia. Uma situação normal pode-se transformar numa orgia caleidoscópica de Reaggaeton (em Boom) ou num delírio psicadélico em The Pretty Prince of Parties.

A série, assim como o duo, precisa de espaço para crescer e ganhar o seu espaço no espectador, pesando a sua singularidade. Mas, para quem gosta do humor de Ricky Gervais, vai encontrar aqui muito com que se entreter. Recomendadíssissimo!

2 comentários:

  1. epa eu quero isso! e ve lá se vens mais vezes ca a casa para meteres merdas dessas no meu ipod para quando for correr assim do nada me aparecer o albi the racist dragon a tocar!!

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  2. A compilaçao para a ronda que te fiz há uns meses e que acabei por não te dar tinha tanto o Albi como o Foux de Fafa

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