Existe um brinquedo novo para todos os melómanos que dá pelo nome de Last.fm. Este programa/site analisa toda a música ouvida nos nossos computadores pessoais, criando listas das nossas preferências musicais, e apresentando tanto pessoas com gostos similares como sugestões baseadas naquilo que ouvimos. Obviamente que o programa não se limita a estas opções, existindo ainda a oportunidade de ouvir "rádios" baseadas em tags que vão sendo atribuídas às musicas pelos utilizadores, e um milhar de outras pequenas opções que só fazem sentido para quem usufrui desta maravilha dos tempos modernos. Resumindo, um last.fm bem utilizado pode dar a conhecer praticamente tudo o que se faz musicalmente pelo mundo fora, com tudo o que de bom e de mau possa resultar da experiência. As possibilidades são infinitas.
Entre as descobertas que me foram apresentadas, a que me assentou melhor até à data foi uma pequena banda independente chamada Suburban Kids With Biblical Names.
Os Suburban Kids With Biblical Names são dois jovens Suecos, praticantes de uma Pop simples e bem-humorada, criada nos corredores e armazéns da casa de seus pais, e depois transposta para computador onde são adicionados uma série de efeitos que lhes dão vida. As suas músicas encontram-se repletas de referências a outros bons artistas (Pavement, The Smiths, Silver Jews, aos quais foram buscar o nome para a banda), e ainda que este projecto não se deixe levar muito a sério, os Suburban Kids With Biblical Names editaram já dois EPs e um album, intitulado #3.
#3, o curioso disco de estreia dos Suecos, é simples, directo e estranhamente viciante. Às melodias acústicas são coladas batidas electrónicas, palmas, uivos, xilofones e tudo o que se soltar da imaginação da dupla. Deste caldeirão saem belas cantigas de fazer bater o pé no soalho. Grande parte das canções saltitam entre o alegre e o eufórico, apesar das vocalizações serem graves, por vezes soturnas. Exemplo perfeito encontra-se no tema Funeral Face, uma canção Kuduro-Callypso-Mariachi-Eurodance cheia de energia sobre um stalker que não sabe sorrir.
Aliadas às melodias estão as letras meio idiotas. O refrão de Rent A Wreck não passa de uma repetição de "babababababababa". Em Trees and Squirrels pode-se ouvir "That silly night I did the Macarena with somenone named Karina... Woke up with sore lips and a belly full of cappucino!". Um disco inteligente e inocente, para pessoas bem dispostas ou em vias de boa disposição.
Subscrevo em absoluto! Quer a parte do Last.fm, quer o elogio aos SKWBN!
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