13.1.10

Os meus discos preferidos da década 00-09, parte segunda

Este post é gigantesco. Se tiveres de ir sulfatar uma vinha ou adubar um batatal, vai já e volta mais tarde, já com as unhas limpas de caca.



26- Blur - Think Tank (2003)

A Wikipédia diz que é: Rock Alternativo e Experimental (fiquei surpreendido por não terem atirado com este disco para o saco da Britpop)

Think Tank constitui a única edição discográfica dos Blur nesta década, e é um disco marcante por não contar com o guitarrista de sempre Graham Coxon e por fugir à sonoridade atribuída à banda, o chamado Britpop (pronto, Crazy Beat é Brtipop, mas o resto não é). Think Tank é um disco mais denso e adulto que os seus antecessores, quer através de novas sonoridades (Jets e Brothers and Sisters poderiam ter entrado nos discos dos Gorillaz), quer graças a uma riqueza lírica sem precedentes. Out of Time é um hino ao desencontro, e Good Song é tal e qual como o nome indica. E a capa é linda! O meu disco de Blur favorito.

Faixa Preferida: Difícil escolher, mas vou salientar Out of Time porque sempre que a escuto fico a pensar em vidas passadas.



27- Lhasa - The Living Road (2003)

A Wikipédia diz que: Não tem classificação para a música da Lhasa. Eu digo à Wikipédia que, uma vez que gosta de atribuir rótulos genéricos ao que não sabe classificar, coloque esta artista no saco da World Music.

O meu disco favorito de Lhasa de Sela é o anterior e alegre La Llorona, mas esse disco foi editado em 1997. Nesta década, a cantora editou o sereno The Living Road em 2003 e o homónimo e triste Lhasa em 2009. Enquanto que o anterior disco versava sobre as Rancheras Mexicanas e tinha como inspiração Chavela Vargas, em The Living Road a sonoridade está mais aberta, abordando não só a omnipresente temática do México como também alguma música vincadamente Europeia. Desta feita, cantado em Castelhano, Inglês e Francês, este disco representa o momento de consolidação de uma carreira que foi estupidamente interrompida.

Faixa Preferida: Para el Fin Del Mundo o El Año Nuevo



28- Belle and Sebastian - Dear Catastrophe Waitress (2003)

A Wikipédia diz que é: Chamber Pop

Foi extremamente criticado aquando a sua edição, mas o tempo fez-lhe justiça e hoje em dia Dear Catastrophe Waitress é considerado um dos melhores da carreira dos Belle and Sebastian. Menos Folk que os anteriores, mais Pop rica em detalhes e apoiado com telediscos divertidíssimos (I'm a Cuckoo, Step Into My Office), este esforço da banda marca o primeiro disco sem a carismática Isobel Campbell no alinhamento depois do tiro no pé que foi Storytelling. A guitarra ganha protagonismo, as harmonias vocais estão apuradas, os sopros discretos mas seguros. Dear Catastrophe Waitress (e o divinal EP complementar Books) mete qualquer um bem disposto.

Faixa Preferida: Asleep On a Sunbeam



29- The Unicorns - Who Will Cut Your Hair When We're Gone? (2003)

A Wikipédia diz que é: Indie Pop

Os Unicorns chegaram, revolucionaram, e terminaram. Muita gente não deu por eles. Os que deram sentem a sua falta até hoje. O único disco a sério que a banda deixou como legado gira em torno da inevitabilidade da morte. Começa com I Don't Wanna Die, passa por vários fantasmas (Tuff Ghost, Sea Ghost) e pilhas de ossos (Jellybones, Les Os) e termina na aceitação que a vida termina na morte e nada há a fazer (Ready to Die). Pelo meio criam uma fervilhante Pop com bateria, baixo e teclados, e uma pontual guitarra. Tudo muito mal produzido, tudo muito mal tocado, tudo muito amador, tudo muito estranho, tudo muito brilhante!

Faixa Preferida: I Was Born (A Unicorn)



30- Chiara Mastroianni & Benjamin Biolay - Home (2004)

A Wikipédia diz que é: Folk, Pop

O músico Francês Benjamin Biolay une-se à sua então esposa Chiara Mastroianni (filha de Catherine Deneuve e Marcello Mastroianni) na criação do slow-burner da década, Home. Alternando entre a língua Francesa e Inglesa, o disco é relaxante e funciona perfeitamente. A candura vocal de Chiara e o registo "Gainsbourguaino" de Biolay, juntamente com arranjos que, não sendo grandiosos, revelam bom gosto e elevado sentido de estética, transformam este disco num daqueles que se vai ouvindo sem se ligar muito e quando se dá por ela está-se a cantarolar e conhecem-se as melodias todas.

Faixa Preferida: Folle de Toi



31- Quinteto Tati - Exílio (2004)
A Wikipédia diz que: nunca ouviu falar deste disco mas eu digo à Wikipédia que é Jazz/Bossanova/Cabaret/Música do cacete!

Exílio é filho enjeitado de JP Simões e seu habitual colaborador Sérgio Costa. Marcadamente distinto da anterior banda de ambos, Belle Chase Hotel, as canções dos Quinteto Tati, cantadas em Português quase na totalidade, versam sobre o falhanço e a desilusão, a centelha de glória que se encontra em qualquer história de decadência. A poesia de JP revela-se uma certeza. Vai Já Passar, JP aconselha a guardar os sonhos antes que os mesmos caiam no chão. Suor e Fantasia fala-nos sobre levitar sobre o Tejo. Exílio leva-nos com ele para o desterro. Eu por mim parto voluntariamente.

Faixa Preferida: Uma para o Caminho



32- Vetiver - Vetiver (2004)

A Wikipédia diz que é: Folk Naturalista (nudista?)

Os Vetiver vieram a reboque da onda Freak Folk, apesar de tocarem um estilo de Folk mais a puxar para o tradicional. O disco de estreia da banda é muito bonito e conta com a presença do "padrinho" Devendra Banhart em dois temas (Los Pajaros del Rio e Amour Fou). A voz do vocalista possui uma ressonância que reconforta a alma, como um cházinho e uma botija de água quente nos pés. Especialmente em Farther On e Oh Papa. Li muito livrinho com este disco a fazer o enquadramento sonoro.

Faixa Preferida: Father On



33- Gomo - Best Of (2004)

A Wikipédia diz que é: Indie Pop

Gomo faz Pop com elementos electrónicos, daquela que gera sorrisos inconsequentes nos lábios. Uma campanha engenhosa de Marketing (Quem é o Gomo, lembram-se?) e uma música fresca e alegre com uma estética sem precedentes no panorama Nacional venderam-me o artista e abracei a estreia Best Of com vigor, mesmo notando alguns problemas relacionados com o Inglês. Manel Plasticina toca guitarra em Feeling Alive. O album seguinte tardou a chegar, o que foi uma pena pois este projecto poderia ter chegado bem mais longe.

Faixa Preferida: Santa's Depression



34- Franz Ferdinand - Franz Ferdinand (2004)

A Wikipédia diz que é: Pós-Punk

Festa é isto! O disco de estreia dos Franz Ferdinand foi um tornado que seduziu com Take Me Out e conquistou com This Fire. Quem se deixou levar pela boa disposição dos Escoceses descobriu que o disco tinha muito mais para oferecer. Darts of Pleasure e Matinée tocaram nos pontos todos certos, e até havia espaço para faixas mais "estranhas" como Tell Her Tonight. Foi como provar um bombom do mais delicioso chocolate para depois se descobrir que o recheio era ainda melhor!

Faixa Preferida: Jaqueline



35- Joanna Newsom - The Milk Eyed Mender (2004)

A Wikipédia diz que é: Freak Folk

Certamente um gosto adquirido, pela peculiaridade da sua voz, Joanna Newsom possui o mérito de trazer a harpa até às massas! Quem se deu ao trabalho de experimentar nunca pode sair desiludido. Terno e mágico, algo que não devia existir nesta era mas que ao mesmo tempo faz todo o sentido, The Milk Eyed Mender é como se a intérprete tentasse domar um instrumento grandioso por natureza, num duelo desigual em quem ganha é o ouvinte. O album seguinte trouxe a aclamação, mas as pérolas estão aqui.

Faixa Preferida: Clam, Crab, Cockle, Cowrie é uma das minhas músicas favoritas de sempre. A versão que se encontra no EP Joanna Newsom & The Ys Street Band é ainda mais perfeita.




36- Iron & Wine - Our Endless Numbered Days (2004)

A Wikipédia diz que é: Folk

O primeiro disco profissional de Sam Beam é um compêndio de música boa, faixa após faixa de candura e amor numa voz suportada por arranjos de guitarra simples e quentes. Não há como não se deixar embalar por melodias como Sunset Soon Forgotten ou Naked As We Came. Um disco lindo para a paz de espírito. A descobrir neste artista são também os seus EPS, editados com frequência e contendo material muitas vezes mais forte do que aquele escolhido para os seus albuns.

Faixa Preferida: Passing Afternoon



37- Devendra Banhart - Rejoicing in the Hands (2004)

A Wikipédia diz que é: Freak Folk

"Devendra, sozinho à guitarra, por vezes com alguns instrumentos extra adicionados posteriormente. A sua voz, estranha mas ao mesmo tempo bela, a sua falta de jeito com os microfones (por vezes a respiração encobre a guitarra), a sua guitarra desafinada, a sua tendência para inventar acordes, as letras imbecis, as letras lindíssimas, as melodias que se entranham nos nossos cérebros e corações. Devendra Banhart respira genialidade e sinceridade." Post original aqui.

Acrescento que o meu CD está autografado! Nhanhanha nhanhanha!

Faixa Preferida: Esta semana pode ser o The Body Breaks



38- Gomez - Split the Difference (2004)

A Wikipédia diz que é: Rock

"O 4º album dos Gomez, Slipt The Difference é um disco de Rock and Roll, cheio de melodias cantaroláveis e harmonias vocais que constituem a imagem de marca da banda. Os estilos musicais encontrados aqui vão desde ao Rock in your Face, à Indie-Pop, à Folk, ao Blues, ao Experimentalismo, às baladas. Nada escapa aos Gomez em neste album, e não encontramos aqui nem uma música fraca." Post original aqui.

Faixa Preferida: Catch Me Up



39- Feist - Let It Die (2004)

A Wikipédia diz que é: Indie Rock

Let It Die é um disco interessante, na medida em que consiste numa primeira metade de material original da cantora e de uma segunda parte composta por versões de músicas de outros artistas. Os discos da Feist têm uma faixa que faz estradalhaço e a deste disco é Mushaboom, com toda a gente que é gente na música a fazer a sua cover da canção, que diga-se de passagem, é daquelas que faz ninho no ouvido e só voa dali para fora passados muitos meses para voltar esporadicamente. A voz da menina arrebita-me os músculos da cara!

Faixa Preferida: Das dela, Gatekeeper. Das dos outros, When I Was A Young Girl



40- King of Convenience - Riot on an Empty Street (2004)

A Wikipédia diz que é: Indie Pop?

Os Noruegueses são muitas vezes comparados à dupla Simon & Garfunkel e se a comparação não é completamente descabida, é certamente redutora. A música dos Kings of Convenience deve tanto à Folk como à Bossa Nova, e as vozes dos dois cantores são mesmo muito parecidas, complementando-se na perfeição. As faixas deste album são do melhor que a dupla escreveu até à data, sendo este o seu disco mais acarinhado pelos fãs. A Feist também anda por aqui (em The Build-Up e Know How) e marca a diferença.

Faixa Preferida: The Build Up



41- Regina Spektor - Soviet Kitch (2004)

A Wikipédia diz que é: Anti-Folk

"Soviet Kitsch é um album que, pese a sua simplicidade, poderá soar estranho e pouco apelativo ao ouvinte ocasional. A amplitude vocal de Regina, que pode ir do som mais agudo ao mais grave em milésimas de segundo, bem como os grunhidos, zumbidos e murmúrios tornam cada música deste disco única e imprevisível. Mas, uma vez que a sua música ganha um lugar dentro de nós, torna-se muito difícil abandoná-la. Fica, cresce, evolui e eleva-nos." Post original aqui.

Faixa Preferida: Este album foi ouvido tantas vezes que já nem sei da qual gosto mais... Ultimamente dou por mim a ouvir a Somedays...



42- The Go! Team - Thunder Lightning Strike (2004)

A Wikipédia diz que é: Alternative dance, Indie Rock, Alternative Hip-Hop

Tom Sawyer, Caprisonne, meninas a saltar à corda, Pacman, cantilenas de recreio, filmes do Bruce Lee, sandes de manteiga de amendoim, Soldados da Fortuna (AKA Esquadrão Classe A), corridas de BMX, festas de bairro, parentes a passear na rua com um tijolo sonoro ao ombro, duelos de Break-Dance, jogar sempre Street Fighter 2 com o Ryu, brincar à cabra-cega. Ouvir Thunder Lightning Strike é regressar à infância/adolescência, sem lamechismo. Decerto a intenção da banda não seria essa, mas é esse o efeito que The Go! Team me causa. Não apareceu nesta década nada como isto! They came here to Rock the microphone!

Faixa Preferida: The Power Is On



43 - Arcade Fire - Funeral (2004)

A Wikipédia diz que é: Baroque Pop

Odiava Arcade Fire só porque sim, mas depois prestei a devida atenção a Funeral e passei a adorá-los. Funeral pode parecer um niquinho pretencioso, mas não existe sombra de dúvida que este é um daqueles discos marcantes para toda uma geração. Nascido da mágoa (o album foi gravado aquando o luto por vários familiares de membros da banda), Funeral transforma-se na grandiosa celebração da vida. As faixas deste disco provocam euforia e estados de alegria descontrolada em ouvido incautos. Tem dias que me dá vontade de vir para a rua e distribuir abraços depois de uma dose bem aplicada deste disco.

Faixa Preferida: Neighborhood #2 (Laika)



44- Interpol - Antics (2004)

A Wikipédia diz que é: Post-Punk

"Editado em 2004, Antics é um sólido e despretensioso album Rock. Mais animado que o antecessor, Turn On The Bright Lights (que ainda assim inclui a minha canção preferida deste grupo, I Love NYC), este disco possui uma aura magnética que atrai o ouvinte, e as letras e a voz encontram-se impregnadas de uma escuridão sarcástica que contrastam com a luminosidade do acompanhamento sonoro. Os riffs de guitarra, embora simples, resultam na perfeição. O mesmo se aplica à bateria e baixo. Simplicidade, ordem e eficiência." Post original aqui.

Faixa Preferida: Evil. Já ouviram bem aquela linha de baixo? Não é espectacular?



45- Pluto - Bom Dia (2004)

A Wikipédia diz que é: Rock Alternativo

Os Ornatos Violeta (tidos para mim como a melhor banda Nacional dos anos 90) acabaram mesmo mas o Manel e o Peixe juntaram-se para fazer um disco de Rock mais in-you-face do que qualquer coisa editada pela anterior banda. Com letras muito fortes e apuradas e uma sonoridade fervilhante, foi realmente uma lástima constatar que este projecto não teve a continuidade merecida, dando um carácter de raridade a quem teve a oportunidade de ver ao vivo. A malta dos Ornatos gosta é de projectos novos, mas desta vez quem é fã já não anda a dormir e vai ver todos os concertos que pode que esta gente tanto inventa nova música como se recolhe da cena musical e fica anos sem dar notícias. Então e Supernada, é para quando, afinal?

Faixa Preferida: Bem Vindo a Ti



46- Elliott Smith - From a Basement on a Hill (2004)

A Wikipédia diz que é: Indie Rock

O infeliz falecimento de Elliott Smith foi uma grave perda tanto para os seus fãs como para a música independente, e para confirmar isso mesmo temos From a Basement on a Hill. O album terminado postumamente pelo produtor Rob Schnapf (que felizmente pouco alterou das maquetes originais) contém algumas das letras mais negras da carreira de Smith, alternando momentos de Rock à flor da pele (Coast to Coast, Strung Out Again) com delicadeza desarmante (Let's Get Lost, Twilight, The Last Hour). Músicas não editadas destas sessões surgem de tempos a tempos entre a comunidade de fãs, e a sua inegável qualidade não surpreende ninguém. Elliott Smith estava no seu pico criativo e entristece-se saber que não haverá mais disto na próxima década...

Faixa Preferida: Escolha muito difícil. Acho que King's Crossing faz um resumo do sentimento que passa por todo este disco...



47- Le Tigre - This Island (2004)

A Wikipédia diz que é: Electroclash

Foi infelizmente o disco final das Le Tigre, importante grupo que fez maravilhas pelo movimento Gay e Lésbico nos Estados Unidos, criando música para quem é diferente e não se importa muito com isso. This Island é feito de momentos aconselháveis para quem gosta de soltar a franga, destacando-se Nanny Nanny Boo Boo e TKO. O clássico das Pointer Sisters, I'm So Excited, leva o tratamento Le Tigre e sai super-valorizado. Tenho um amigo que é igual à rapariga do meio da capa, exepto o bigode. Ele tem a cara limpinha.

Faixa Preferida: TKO



48- Death From Above 1979 - You're a Woman, I'm a Machine (2004)

A Wikipédia diz que é: Dance-Punk

Mais uma banda que deitou um album do caraças cá para fora e desapareceu. Os Death From Above 1979 eram só dois mas faziam grande alarido. Um com baixo e sintetizador, outro com bateira e voz igualmente explosiva. O seu disco é rápido e pesado, cheio de Groove e sensualidade e com uma atitude fuck-it-all. Rock visceral e cru, que termina rapidamente sem sequer darmos por falta do elemento fulcral de qualquer banda Rock. You're a Woman, I'm a Machine parte a loiça toda mesmo sem guitarras, mas também não fazem falta.

Faixa Preferida: You're a Woman, I'm a Machine



49- Clap Your Hands Say Yeah - Clap Your Hands Say Yeah (2005)

A Wikipédia diz que é: Indie Rock

"O disco destinado a nunca ser ouvido se a internet não se tivesse tornado naquilo que é hoje constitui um verdadeiro achado para todos os amantes de bom Rock independente. A voz fica situada entre um Thom Yorke e um Gordon Gano, o som é Indie-Rock alegre e descomprometido, uma colagem de sons e melodias já ouvidas algures no passado mas recicladas tão descaradamente que não deixa de garantir aos Clap Your Hands o estatuto de banda orgânica e verdadeira. A lista de influências é grande e palpável, mas os CYHSY aprenderam realmente com os melhores e a sua sonoridade não é em nada inferior à dos seus mestres." Post original aqui.

Faixa Preferida: In This Home on Ice



50- Bright Eyes - I'm Wide Awake, It's Morning (2005)

A Wikipédia diz que é: Indie Rock/Folk, e eu acrescento Country ao refugado

No mesmo dia, Bright Eyes edita dois discos: Digital Ash in a Digital Urn virado para a electrónica, e I'm Wide Awake, It's Morning, meio Folk meio Country. Enquanto que o primeiro não me entusiasmou minimamente, o segundo viveu no meu leitor de MP3 durante praticamente dois anos. Politico, declaradamente Anti-Bush, o disco tem também o dom de partir corações, tal a brutal honestidade lírica. "I could have been a famous singer if I had someone else's voice but failures always sounded better", escuta-se em Road to Joy. O teledisco de First Day of My Life tem a glória inédita de me ter colocado a chorar copiosamente. Mesmo, baba e ranho... I'm Wide Awake, It's Morning é a obra prima de Bright Eyes, a confirmação do talento prometido.

Faixa Preferida: São todas muito fortes. Gosto especialmente da Landlocked Blues, uma música sobre a morte de um amor.

1 comentário:

  1. Gosto de quase todos os albuns que aqui estão... a bem do rigor é só para dizer que o Graham entra no Think Tank... é certo que é só na Battery in Your Leg, mas ele está lá! E o melhor dos blur é o modern life is rubbish!

    ResponderEliminar