11.12.09

5 concertos em 2009

Foi um ano bem bonito em termos de concertos, este 2009! Apanhei conjuntos e agrupamentos musicais sobejamente catitas, que debitaram cá para fora cantigas carregadas de garbo e que encheram a minha alma de felicidade! Aqui fica uma amostra dos cinco concertos que mais me marcaram. As fotos e imagens foram roubadas à cara podre pela internet fora, com os créditos mantidos nas mesmas, excepto na referente ao Festival MED, que está aqui para mostrar que eu também tenho jeitinho para a coisa:

26 de Abril: Foge Foge Bandido @ CCC



Uma oportunidade de ouro, grátis, para se ver um dos grandes cantautores do nosso País, numa sala digna (o Centro de Congressos das Caldas da Rainha, ainda a cheirar a novo). Uma amiga que partilhou comigo este concerto, desconhecendo a totalidade da obra de Manel Cruz nos Ornatos Violeta e Pluto, saiu no final do concerto nas nuvens, apelidando a experiência de "terapêutica". Foi grande!

27 de Junho: Siba e a Fuloresta @ Festival MED



Num outro blog que não este, escrevi sobre este concerto: "Samba e Forró com trompetes, tubas, clarinetes e velhos conservados em formol a tocar pandeiro e a desafinar, tudo conduzido por uma personagem totalmente Chico-Buarquiana, o tal de Siba. Um dia, quando for homenzinho, quero ter um chapéu e um bigode igual ao dele. A interacção com o público foi demais, chegando ao ponto de virem todos participar na festa para o meio da audiência. Um concerto muito especial, o meu preferido de todo o MED."

O que quer dizer muito num Festival com grande cartaz para quem é fã da "cena étnica". Rivalizar com Buena Vista Social Club e o esforço conjunto do grande Rabih Abou-Khalil com o fadista Ricardo Ribeiro não é tarefa fácil.

11 de Julho: Los Campesinos! @ Optimus Alive 2009



Sacanas dos putos, abafaram o Alive no único dia que tive oportunidade (e vontade) de ir. Concerto carregadinho de momentos. Alecks a chorar quando alguém do público lhe ofereceu o vinil de Crooked Rain, Crooked Rain Slanted & Enchanted dos Pavement (como presente de despedida, pois a menina que canta vai sair da banda para cursar medicina). As latinhas de Super Bock abertas teatralmente a cada paragem de Death to Los Campesinos! (a música do anuncio, para quem não conhece). Gareth empoleirado nas colunas em Sweet Dreams, Sweet Cheeks. Gareth, Neil e Ollie a fazer crowd surf! Mosh do bom! Alegria! Festa! Paguei 50 € só para ver Los Campesinos! Voltaria a fazê-lo sem reservas!

5 de Agosto: Faith No More @ Sudoeste



Gostava de Faith No More nos meus anos de catraio, sem exageros nem fanatismos. Continuei a seguir a carreira de Mike Patton com atenção após o final da banda. Olhei esta reunião com desconfiança. Mas acedi aos meus instintos e desloquei-me à Herdade da Casa Branca para os ver. E o que tenho a dizer é UAU! Isto sim, foi um concerto a sério, carregado de humor de gosto dúbio, destreza e garra. Entre os êxitos (Epic, Ashes to Ashes, Evidence) e as covers (Reunited, Easy, I Started a Joke), destaque para a brutalidade de Caffeine, Cuckoo For Caca e Be Agressive! Paguei 40 € só para os ver! Diria que teriam sido 40 € bem gastos, não tivesse encontrado mais tarde na mesma noite uma notinha de 50 €. Assim, digo que foram 10 € bem poupados...

4 de Novembro: Kings of Convenience @ Coliseu dos Recreios



No primeiro concerto que tive oportunidade de ver sentado no Coliseu de Lisboa, os Noruegueses tiveram a virtude de conseguir reduzir dois dos nossos muy irritantes hábitos latinos ao mínimo essencial: conseguiram, através do humor, que as habituais palminhas descompassadas que poluem os concertos em Portugal fossem substituídas por estalares de dedos, menos ruidosos e consequentemente com menos tempo de vida que o Tuga gosta é de se ouvir a fazer barulho, e fizeram respeitar ao máximo o pedido de não lhes serem tiradas fotos a não ser na altura devida (onde fizeram as caretas e o show-off apresentado acima). Compreende-se que qualquer flash é altamente distractivo num concerto que se quer intimista, e o que interessa no fundo são as memórias com que se sai da sala de espectáculos.

E falando de memórias, os Kings of Convenience apresentaram um espectáculo irrepreensível, misturando clássicos como Misread, Toxic Girl e I Rather Dance With You (com transformação de palco em discoteca invadida por parte da lotação esgotada da sala) com novas malhas como Mrs. Cold e a magnífica Boat Behind. Eirik Glambek Bøe, o tímido, foi muitíssimo comunicativo e cantou Corcovado em bom Português. Erlend Øye, o cenourinha, passeou-se pelo público, fez a sua dança pernalta e ainda tocou saxofone vocal. Um concerto muito quentinho e acolhedor.

2 comentários:

  1. Carca, nos Campesinos! o disco dos Pavement não era o Crooked Rain, mas sim o Slanted & Enchanted... Tirando isso tb foi o motivo principal porque lá fui, e tb o repetia se pudesse...

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  2. Pois era! Desculpa lá Bruno, confundi-me... Agora é ver se os apanhamos num concerto só deles!

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