12.1.10

Os meus discos preferidos da década 00-09, parte primeira

Este post é gigantesco. Se te assustas com coisas como "palavras" e "frases" arrepia caminho antes que te arrependas!



1- Manu Chao - Próxima Estación: Esperanza (2000)

A Wikipédia diz que é: Reggae Latino

Próxima Estación: Esperanza foi uma avalanche de alegria e festa que entrou pelo país adentro depois das sementes deixadas pelo anterior disco Clandestino. O segundo disco a solo do antigo vocalista dos Manu Negra continha músicas em Galego, Português e Árabe, mas a grande maioria vinha em Castelhano e Inglês. As músicas vinham com elementos sonoros que caracterizam qualquer disco de Manuel (aquele PIM), e é impressionante como o mesmo fundo musical serve para tantas composições diferentes. Para a história ficam os concertos de 4 horas. Me Gustas Tú e Mr. Bobby fizeram mover muitos esqueletos. O teledisco de Me Gustas Tú tinha a actriz Paz Gómez, que se tornou a minha paixoneta virtual desse Verão.

Faixa Preferida: Me Gustas Tú



2- Yo La Tengo - And Then Nothing Turned Itself Inside-Out (2000)

A Wikipedia diz que é: Rock Alternativo

Os Yo La Tengo tiveram uma década rica em edições de qualidade, com Summer Sun, I Am Not Afraid of You and I Will Beat Your Ass e o excelente Popular Songs, mas o meu disco favorito de todos é And Then Nothing Turned Itself Inside-Out. Um album extremamente calmo e etéreo, o mais Art-Pop da carreira, com alguns momentos de electricidade lá mais para o fim. Há por aqui vibrafone e caixas de ritmos a rodos. Um disco que me traz as melhores memórias, de longas sessões de estudo mas também de dançar You Can Have It All (uma cover de uma música Soul dos anos 70) na rua com uma amiga, ambos com os olhos raiados de sangue. Vida de estudante, há lá coisa melhor?

Faixa Preferida: Let's Save Tony Orlando's House. O título desta cantiga é uma homenagem aos Simpsons. Menção honrosa para Last Days of Disco e You Can Have It All.



3- Mirah - You Think It's Like This But Really It's Like This (2000)

A Wikipédia diz que é: Indie Rock

O disco de estreia da Mirah é e continuará a ser o meu favorito em relação a tudo o que a senhora fizer a seguir. É tão simples, tão lo-fi,tão perfeito na sua imperfeição! Tantas músicas cruas que teriam maior apelo com produção mais cuidada e melhores instrumentos, tanto engenho para produzir pérolas como Person Person, Pollen e Engine Heart com parcos meios...

Faixa Preferida: La Familia. "If we sleep together would you be my friend forever?" Mais honesto que isto é impossível.



4- Radiohead - Kid A (2000)

A Wikipédia diz que é: Rock Alternativo, Música Electrónica

Foi difícil decidir entre este e In Rainbows, mas Kid A ganha por ter trocado as voltas àquele tipo de fã que gosta sempre do mesmo album, sendo o tal "mesmo album" o anterior OK Computer no caso dos Radiohead. Tomem lá uma chapada e vão lá ouvir o som da moda, que nós agora vamos continuar a evoluir a nossa música. A substituição do Rock (que poderia tão facilmente ter resvalado para música de encher estádios, abençoados sejam), pela Electrónica foi uma excelente jogada na gestão da carreira, e olhando para trás, apesar da fria recepção inicial, Kid A deu-nos faixas memoráveis como Morning Bell, National Anthem e Everything In It's Right Place. Hoje é tido como um dos melhores da banda.

Faixa Preferida: Idiotheque. Queriam Rock, então tomem lá uma música construída com um sampler. E gostem!



5- At The Drive-In - Relatioship of Command (2000)

A Wikipédia diz que é: Post-Hardcore

Foi o último disco de gritaria que realmente gostei, os resquícios de uma adolescência dedicada ao som mais pesado. Mas, caraças, ainda gosto mesmo muito deste disco dos At The Drive-In! Todo ele com faixas muito fortes. Arcasenal é um murro nos dentes. Mannequin Republic é pontapé nas costelas. Rolodex Propaganda é partilhada com Iggy Pop. One Armed Scissor é a memória mais duradoura. Um album tão poderoso que rebentou com a banda. De Mars Volta não gosto.

Faixa Preferida: Pattern Against User



6- Daft Punk - Discovery (2001)

A Wikipédia diz que é: House (Daft Punk is playing in my)

A minha namorada da altura gostava disto, razão suficiente para eu não gostar (foi um namoro complicado). Mas anos mais tarde consegui dar o devido valor a Discovery, um pouco por culpa do filme de animação Interstella 5555: The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem, do qual este album é banda sonora, mas também pelo sucesso viral de Harder, Better, Faster, Stronger. Hoje em dia os Daft Punk são os maiores, apesar de não editarem nada desde 2005. A Internet tem destas coisas. Falando de música, Digital Love é Pop bonita e bem feita, Crescendolls fica bem em qualquer festa , Too Long poderia ser Funk. Aerodynamic tem um grande solo de guitarra!

Faixa Preferida: Harder, Better, Faster, Stronger. Não há como resistir ao apelo de dançar isto!



7- Nick Cave & The Bad Seeds - No More Shall We Part (2001)

A Wikipédia diz que é: Post-Punk. Não vejo onde.

No More Shall We Part é um belíssimo disco e o meu preferido de Nick Cave, pois aborda temas menos negros nas letras, possui arranjos musicais ricos, carrega no piano e no plano espiritual (Hallelujah, mas desta vez não é a do Cohen). Alguns dos temas são belíssimos. Love Letter e As I Sat Sadly By Her Side derretem. Pessoalmente, No More Shall We Part sai enriquecido depois de ter escutado o disco de Spoken-Word de Cave, The Secret Life of the Love Song, editado em 2000. Após a explicação cuidada e articulada de como a música de amor está ligada com o sagrado, o meu respeito pelo senhor consolidou-se.

Faixa Preferida: Fifteen Feet of Pure White Snow. Um amigo meu dizia na altura que esta música era sobre droga. Também não vejo onde.



8- Yann Tiersen - Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain (2001)

A Wikipédia diz que é: Avant-Garde

Le fabuleux Destin d'Amélie Poulain é um grandioso filme que deve ser visto pelo menos uma vez por ano pois os ensinamentos que dele brotam são tão facilmente esquecidos... A banda sonora de Yann Tiersen só engrandece ainda mais a obra prima de Jean-Pierre Jeunet. O uso de acordeão é omnipresente e remete com prontidão para território gaulês. O que menos pessoas sabem é que uma parte substancial das faixas deste album consiste em reinterpretações de canções dos discos anteriores de Tiersen, mas isso agora não interessa para o caso. Les Jours Tristes foi escrita a meias com o vocalista dos Divine Comedy, e uma versão com letra desta canção pode ser encontrada no lado B do single Regeneration.

Faixa Preferida: La Noyée



9- David Byrne - Look Into the Eyeball (2001)

A Wikipédia diz que é: Rock Alternativo. Quando a música tem guitarras mas não é bem Rock de estádio espeta-se com o selo "Rock Alternativo" e siga para bingo.

Like Humans Do vinha com o Windows XP e agradou o suficiente para o aventureiro a solo ir comprar o disco num Inô em Braga. O primeiro esforço do antigo vocalista dos Tó Quim Guedes nesta década que findou foi uma grande surpresa, pois até nem gosto particularmente da banda de origem. Pelo album fora escutam-se influências que vão desde o Soul à Bossa Nova (Vinicius Cantuária dá uma ajudinha). Look Into the Eyeball é todo ele composto por faixas muito boas, como The Revolution, Smile e Walk On The Water. E o olho da capa pisca mesmo!

Faixa Preferida: Everyone's In Love With You



10- Muse - Origin of Symmetry (2001)

A Wikipédia diz que é: Space Rock

Vi-os no Festival da ilha do Ermal em 2000, num concerto de meia hora poderosissíssimo, quando ainda eram uma banda a sério e não um show de lasers e confettis. No ano seguinte surge Origin of Symmetry, e é o delírio! Um disco carregado de baixo com guitarra a colorir, ao meu gosto. Feeling Good, popularizada por Nina Simone, é um momento alto do disco, mas as tendências maiores-que-a-vida já se deixavam adivinhar em Hyper Music e Megalomania. Sucesso maior em Plug In Baby.

Faixa Preferida: New Born é uma senhora música!



11- The Shins - Oh Inverted World (2001)

A Wikipédia diz que é: Indie Rock ou Indie Pop, depende de como se acorda de manhã.

Estive indeciso entre este e Wincing The Night Away, mas o Miguel Ângelo dos Delfins facilitou-me a vida ao afirmar que Australia era uma das suas músicas preferidas, de modo que a minha escolha recai sobre o disco que não tem a Australia. O som da banda remete para a Sunshine Pop praticada nos anos 60, e Oh Inverted World é realmente luminoso e feliz. Caring is Creepy e New Slang tornaram-se conhecidas graças ao filme Garden State no qual entrava o JD do Scrubs. Mas o album não é só isso. Tem também Girl On The Wing e a arrepiante Your Algebra, e um punhado de boa-disposição concentrada.

Faixa Preferida: New Slang. Há pela Internet adentro uma versão desta música cantada a meia com Iron & Wine que é um assombro.



12- The White Stripes - White Blood Cells (2001)

A Wikipédia diz que é: Garage Rock

Foi Elephant que lhes deu notoriedade, mas White Blood Cells é um album de Rock escorreito e bem mais interessante. Tem I Think I Smell a Rat, tem Dead Leaves In The Dirty Ground, tem I'm Finding I Harder to Be a Gentleman. Tem Fell In Love With a Girl e o seu teledisco pixelizado. E tem a divertida Hotel Yorba! Guitarra, voz, bateria, já está! Assim se faz o bom Rock! Quando ouvia este album no meu leitor de MP3 lembrava-me sempre da minha namorada, mesmo estando a anos-luz de colocar sequer a hipótese de namorarmos. Mas já éramos bons amigos e por isso White Blood Cells traz-me boas recordações.

Faixa Preferida: We're Going to Be Friends. Uma canção acústica que não tem absolutamente nada a ver com o resto do disco, mas o imaginário infantil desta canção reconforta-me.



13- CAKE - Comfort Eagle (2001)

A Wikipédia diz que é: Rock Alternativo

Os CAKE nunca foram pessoas dadas a grandes confusões, e continuam a editar discretamente os seus discos e a dar os seus concertos sem se chatearem muito com quem gosta e quem não gosta. Essa atitude agrada-me, e representa 50% das razões que me levam a regressar a esta banda uma e outra vez. As restantes 50% dividem-se no uso bem aplicado do trompete e do facto de isto ser um tipo de Rock que me agrada bastante. Não inventam a pólvora, mas eu gosto. Vi-os uma vez ao vivo em Coimbra debaixo de chuva torrencial e foi uma experiência memorável!

Faixa Preferida: Comfort Eagle



14- The Strokes - Is This It (2001)

A Wikipédia diz que é: Garage Rock

Os Strokes apareceram e de repente o Rock estava outra vez salvo e o mundo era bonito e aí é que foi um corropio de bandas a surgirem com "The" no nome mas os Strokes é que eram os "The" originais e os melhores de todos os tempos. Depois o Hype desapareceu e veio a moda das bandas com números no nome. Desaparecido o burburinho em torno da banda e olhando objectivamente para Is This It, encontra-se aqui realmente um fantástico disco que abriu caminho para muito do Rock que se escuta hoje em dia. Ritmado, com muito "djingaling", e a característica voz saturada por distorção. As músicas são todas orelhudas e possuem um apelo Pop. Fosse esta lista ordenada por preferência e Is This It estava lá para o topo.

Faixa Preferida: Hard to Explain



15- Eels - Souljacker (2001)

A Wikipédia diz que é: Indie Rock

Souljacker foi o disco em que E se mascarou de Unabomber e ficou de tal maneira irreconhecível que pensei que tivesse saído da banda quando vi o teledisco de Souljacker, Part I. Menos Pop que os anteriores albuns, foi por esse motivo recebido com maior frieza. Uma pena, pois Souljacker é uma pérola Rockeira, com distorção a sair por tudo o que é buraco, excepto Fresh Feeling que tem secção de cordas e poderia ter sido single.

Faixa Preferida: That's Not Really Funny



16- Lovage - Music To Make Love To Your Old Lady By (2001)

A Wikipédia diz que é: Trip-Hop, Acid Jazz

"Merriweather produz e sampla um ambiente extremamente sensual, de enorme bom gosto, apesar dos títulos infelizes de algumas músicas (Herbs, Good Hygiene & Socks, por exemplo) adornado pelas vozes de Jennifer Charles (dos Elysian Fields) e Mike Patton (será mesmo necessário explicar quem é?). As vozes de ambos os vocalistas dançam e provocam-se mutuamente, o erotismo cresce a cada batida, a cada gemido, a cada provocação lançada pelo casal..." Post original aqui.

Já sabia que a capa era inspirada em Gainsbourg, mas sabem de onde vem a inspiração para o título deste disco? Cliquem aqui (não apropriado para mentes impressionáveis).

Faixa Preferida: To Catch a Thief



17- Norah Jones - Come Away With Me (2002)

A Wikipédia diz que é: Jazz

O encantamento por Norah Jones foi curto (durou este album) mas intenso. Come Away With Me é um disco de Jazz versão piano, cantado com voz quente. A filha renegada de Ravi Shankar conseguiu sucesso planetário logo ao primeiro disco, que se vendeu que nem pãezinhos quentes com aclamação que dura até à actualidade. O facto de ser um xuxuzinho de cabelo negro e olhar doce também ajudou à festa.

Faixa Preferida: Feelin' The Same Way



18- Carla Bruni - Quelqu'un m'a dit (2002)

A Wikipédia diz que é: Folk

Carla Bruni fez uma agradável carreira como modelo na década de 90, e foi com surpresa que surgiu de guitarra a tiracolo e voz rouca e sensual. Quelqu'un m'a dit fez imenso sucesso na Europa, com Portugal nos lugares cimeiros da falange de apoio. Os arranjos eram simples, porém cuidados, a voz era perfeita para o enquadramento visual. Carla Bruni era a mulher ideal. Bela, inteligente, toca guitarra e fala Francês. E depois casa com o Sarkozy e o encantamento quebra-se. Bah!

Faixa Preferida: Le Ciel Dans Une Chambre, uma versão bilingue de uma antiga e afamada canção Italiana. A versão mais popular encontra-se aqui para visionamento.



19- Badly Drawn Boy - About a Boy (2002)

A Wikipédia diz que é: Folk

"About A Boy é simultaneamente um album e uma banda sonora para o filme com o mesmo nome (bastante bom, por sinal). Todas as canções cantadas por este senhor estão divididas por deliciosos interlúdios instrumentais. Destaco Silent Sight, Donna And Blitzen (que podia ser perfeitamente uma canção de Natal) e Above You, Below Me." Post original aqui.

Acrescento que este disco me traz memórias de tempos felizes e não é só a mim.

Faixa Preferida: Above You, Below Me



20- Tom Waits - Alice (2002)

A Wikipédia diz que é: Rock. A Wikipédia droga-se.

Foi uma guerra para decidir entre Blood Money e Alice, mas ganhou o segundo porque contém as seguintes canções: a) Alice, uma declaração de amor num lago gelado; b) No One Knows I'm Gone, o lamento de um moribundo; c) Kommienezuspadt, a faceta vaudeville de Tom Waits; d) Watch Her Disappear, a música mais sensual alguma vez feita em toda a história do cançonetismo; e) Fawn, serrote musical a terminar um disco melancólico de forma perfeita. Este album foi feito para servir de banda sonora à peça do mesmo nome, baseada no amor proibido entre Lewis Carroll e a menor Alice Liddell, musa inspiradora para o livro seminal Alice no País das Maravilhas.

Faixa Preferida: Muitas faixas deste album mexem comigo fisicamente. Vou arriscar a faixa título.



21- The Flaming Lips - Yoshimi Battles The Pink Robots (2002)

A Wikipédia diz que é: Pop Psicadélico

"Yoshimi Battles The Pink Robots é talvez o album mais acessível dos Lips. Um album conceitual na medida do possível, narra parcialmente a história de uma menina japonesa chamada Yoshimi (cinturão negro em Karaté), na luta contra os gigantescos robots cor-de-rosa que invadem a terra. O uso e abuso de sintetizadores transformam este album numa peça neo-retro (ou camp, se preferirem), onde o futurismo aqui apresentado é o mesmo sugerido nos anos 80. Melancólico e optimista ao mesmo tempo, Yoshimi é um belíssimo disco que cresce após várias audições. Pode parecer estranho a princípio, mas dêem-lhe tempo e ele acaba por entranhar-se." Post original aqui.

Faixa Preferida: Yoshimi Battles The Pink Robots Part 1



22- Queens of the Stone Age - Songs For The Deaf (2002)

A Wikipédia diz que é: Stoner Rock

Songs For The Deaf é um disco de Rock and Roll que emula uma viagem de carro pelo deserto e as várias rádios que se vão apanhando pelo caminho. Contendo gente de renome que vai do baixista dos Marylin Manson ao baterista dos Nirvana e ao vocalista dos Screaming Trees, este é um grande album de uma banda que só peca por querer ser mais do que é (vide este webcomic para se perceber onde quero chegar). O teledisco de Go With The Flow impressionou. Gosto especialmente das faixas berradas pelo baixista (Six Shooter e You Think I Ain't Worth a Dollar, But I Feel Like a Millionaire).

Faixa Preferida: Another Love Song



23- Beth Gibbons & Rustin Man - Out of Season (2002)

A Wikipédia diz que é: Folk

A colaboração da vocalista dos Portishead com o baixista dos Talk Talk deu ao mundo um album húmido e melancólico, Folk com cheiro a Jazz. O registo vocal que Beth Gibbons empresta a este disco eriça-me os cabelos da nuca. A sua voz aqui ganha espaço e protagonismo, um uivo ferido apontado directamente ao coração. Funny Time of Year, Mysteries e Show são prova disso. Out of Season gela-me o sangue.

Faixa Preferida: Mysteries



24- Architecture in Helsinki - Fingers Crossed (2003)

A Wikipédia diz que é: Indie Pop

Como gosto de todos os discos dos Architecture in Helsinki por igual, destaco o primeiro por ter sido a estreia. Fingers Crossed é uma salganhada de instrumentos (xilofones, tubas, ferrinhos), percussões (palmas, estalos de dedos) e vocalizações (até bebés de colo cantam). Um disco calmo (o mais relaxado da carreira), alegre, com a simplicidade da primeira infância. Oiço Architecture in Helsinki e consigo visualizar bolinhas de sabão.

Faixa Preferida: The Owls Go



25- Yeah Yeah Yeahs - Fever to Tell (2003)

A Wikipédia diz que é: Garage Punk

Yeah Yeah Yeahs caíram-me no goto porque Y-Control tinha um teledisco com crianças a brincar com um cão morto, e sinceramente, quem consegue resistir a brincar com um animal em putrefacção? Eu cá sei que não resisto! O disco de estreia dos Nova-Iorquinos é barulhento, sujo, fervilhante e sexy. Karen O é a personificação de Deusa Rock desta década. Em Date With The Night ela grita, em Maps ela embala, em Black Tongue ela geme. Musicalmente, Nick Zinner faz tudo menos cantar e tocar bateria, e é do seu engenho que esta banda vive. Uma estreia como poucas e um dos discos mais importantes do Rock do início do século XXI.

Faixa Preferida: Pin

4 comentários:

  1. "White Blood Cells": é mesmo um grande disco (não sabia que te trazia esses pensamentos)! ;-) "Dead Leaves and the Dirty Ground" é só uma das melhores canções que alguma vez ouvi.
    Nota 20 para a inclusão dos «meus» meninos QOTSA no ramalhete. :-D

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  2. Boa selecção, excelentes reviews e escrita muito apurada. Gostei. Vou aparecer cá mais vezes

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