3.12.10

The Walking Dead, Série 1, Episódio 5: Wildfire

O quinto episódio de Walking Dead já passou há alguns dias, mas tenho demorado algum tempo a digeri-lo... Aqui fica a minha resenha. Os SPOILERS de hoje estão irritadiços, cautela!




Sinopse: O episódio começa com o campo dos sobreviventes devastado. Os mortos são enterrados e os mortos-vivos incinerados. Andrea aguarda pacientemente que a sua falecida irmã se transforme em zombie para dela se despedir, chegando mesmo a apontar uma arma a Rick (!?!?!?!) quando o mesmo se aproxima. Entretanto, todos descobrem que Jim fora mordido. As cabeças pensantes do grupo decidem procurar ajuda num tal de Centro de Controle Epidémico (!?!?!?!?!?!?!?!?!), mas Jim não aguenta a viagem e decide deixar-se ficar para trás.

Depois de uma emocionada e bem-conseguida despedida, passamos para aquilo que parece uma cena dos filmes do Resident Evil, com um cientista num bunker futurista (!?!?!?!?!?!?!?!??!?!?!?!), tentando descobrir a cura (!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?O QUÊ, CARALHOOOOOOOO!?!?!?!?) para a zombificação da Humanidade. No exacto momento em que desiste de encontrar uma solução e contempla o suicídio, o grupo vem-lhe bater à porta e o Homem da Ciência, comovido pelo Overacting do actor que veste a pele de Rick, decide abrir-lhes a porta.

Diferenças em relação ao material-fonte: Vou-me concentrar nas mais gritantes. É a segunda vez que Andrea aponta uma arma a Rick! Na banda desenhada, Andrea é uma personagem forte, que passa por muito, mas que encontra sempre força para continuar, e nunca deixa de ser afável para com os seus companheiros. Na série, Andrea é uma pessoa desequilibrada que aponta armas a todos os que têm opinião contrária à sua.

Quando o grupo parte, leva claramente um elemento a mais. Shane já deu indícios de que odeia Rick e que planeia assassiná-lo, mas com tanta personagem secundária criada para a série, essa situação ainda não ficou resolvida e, com apenas um episódio para o final, duvido que fique. O que nos leva para o maior desvio da série até à data: O Centro de Controle Epidémico.

Primeiro ponto divergente: ficamos a saber há quantos dias surgiu a infecção, e que a mesma é global. Segundo ponto divergente: ficamos a saber que há quem procure uma cura para o problema. Terceiro ponto divergente: Rick e o restante grupo procura asilo neste local. Quarto ponto divergente: a porta é-lhes aberta. Quinto ponto divergente: o meu interesse pela série evaporou-se no primeiro ponto.

Opiniões
:Um dos factores que faz com que a banda desenhada seja tão popular e consistentemente boa é que nunca se procura saber ao certo o que causou a epidemia, nunca se sabe há quanto tempo a mesma dura, nunca se sabe que esforços foram feitos para contê-la e curá-la, nunca se chega sequer perto de um "Centro de Controle Epidémico". Porque, simplesmente, o enfoque da série não é esse. Essas questões são abordadas marginalmente, pois o que interessa aqui é que a Humanidade chegou a uma situação irremediável e os sobreviventes terão de lidar com isso e seguir as suas vidas. São as pessoas que interessam, as suas maneiras de lidar com a crise e conquistar os obstáculos diariamente. O Centro de Controle Epidémico, além de arruinar o Status Quo, vem deturpar o próximo episódio, o último da primeira série e que será desperdiçado em laboratórios e teorias da conspiração que não servem para nada e que não vão levar a história a lado nenhum. Uma oportunidade perdida.

A morte de Jim foi muito bem conseguida. Aliás, Jim foi a maior surpresa da série, uma personagem que na banda desenhada não tem grande interesse e que aqui ganhou uma profundidade extra. Mas em relação às personagens e aos actores que as interpretam, guardarei as minhas opiniões para o próximo post. Não posso deixar de referir que o actor escolhido para o papel de Rick tem o carisma de um sabão Clarim.

Deste episódio não gostei.

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