8.12.10

The Walking Dead, Série 1, Episódio 6: TS-19

E pronto, seis episódios depois, e termina a primeira temporada de The Walking Dead, com a promessa de regresso em Outubro com uma segunda temporada mais recheada de episódios e, espera-se, de suminho, que esta soube a pouco. Cá em cima está o tiroliroliro, lá em baixo está o tirolilóSPOILERS!





Sinopse: Estávamos no episódio anterior à porta do Centro de Controle Epidémico, no exacto momento em que o Dr. Carne-Para-Canhão abria a porta ao grupo de sobreviventes. Depois de alguns momentos tensos, Rick e seus compinchas são recebidos com um duche quentinho e um jantar de família, vinho incluído. Todos ficam um pouco tocados e Shane, com a maior bebedeira do grupo, tenta aproveitar-se de Lori, mas a única coisa que consegue são uns arranhões na cara. No dia seguinte há muita ressaca e nada de Guronsan. O Dr. Carne-Para-Canhão elucida então o grupo sobre o que acontece ao cérebro das vítimas após serem infectados e como todo o Mundo está condenado porque dependemos de combustíveis fósseis qualquer coisa que não interessa absolutamente nada para a história. Dale, casualmente, pergunta ao Dr. Carne-Para-Canhão que relógio de parede estranho é aquele, cujos números estão em contagem regressiva.

"Aquele relógio? Ah, não se preocupem. É só uma medida de contingência aqui do centro caso isto fique sem combustível, que por acaso é o que está a acontecer; quando os números chegarem a zero, vamos todos pelos ares. E não vale a pena tentarem fugir porque isto ficou trancado quando entraram aqui."

Depois de alguma choradeira, ameaças de morte e tentativas de fuga, o Dr. Carne-Para-Canhão sai-se com um "Ah, estava a brincar, as portas afinal abrem, se conseguirem rebentar com os vidros quadruplos das janelas estão safos. Se tiverem uma granada é capaz de dar jeito. Vão andando que eu fico aqui". Andrea, ainda destroçada pela perda da sua irmã, resolve ficar para trás. Dale, num bonito gesto de amor, após tentar persuadi-la para fugir, decide ficar também, mas Andrea vê neste acto uma razão para viver e ambos escapam. Uma personagem genérica daquelas que foram criadas só para a série fica também no Centro, mas ninguém se mostra muito preocupado com isso.

À medida que o grupo foge para parte incerta, o Centro de Controle Epidémico implode. Fim da primeira temporada.

Diferenças em relação ao material-fonte: Nada disto acontece na Banda Desenhada.

Opiniões: Tal como o final do episódio anterior, TS-19 não serviu para nada. Um verdadeiro desperdício de recursos, tempo e espaço. Tudo bem, este episódio consegue ser melhor que o anterior, mas não deixa de ser inútil. Tivemos bons momentos com o Dale e a Andrea, e o conflito interno de Shane, dividido entre a lealdade para com o amigo e a paixão que nutre pela mulher dele, mas no fim de contas, o grupo segue o seu caminho de barriga cheia e banho tomado, e todos podemos ignorar alegremente o Centro de Controle Epidémico. Num temporada normal, com 12 ou 14 episódios, um desvio destes é aceitável, todos estamos habituados a manobras de enchimento de enchidos. Mas com apenas 6 episódios para gastar, atirar para a fogueira episódio e meio com "isto" foi mal jogado e pouco satisfatório.

Finalizada a série, analisemos as personagens. Primeiro, as notas positivas. Glenn e Dale foram muito bem escolhidos e adicionam muito à série. Jim foi a grande surpresa da temporada, uma personagem sem grande impacto na história original aqui ganha bastante relevância. Amy foi competente, quanto mais não fosse por ser agradável à vista. Shane também não vai mal. Dos novos, Daryl é espectacular e poderia bem ter feito parte da banda desenhada. Os restantes novos, excepto Merle que voltará certamente na segunda série, não serviram de muito. Não gosto muito da actriz que interpreta o papel de Lori, mas os piores são mesmo Rick e Andrea. O actor que interpreta Rick não tem carisma. Rick Grimes na banda desenhada é um personagem forte, aparentemente seguro de si, capaz de arrastar multidões consigo. Na série, Rick Grimes é um choninhas que passa a vida a meter a para na poça, com cara de cachorrinho abandonado. Andrea está sempre com expressão de empedernida anal, e revela-se bastante desiquilibrada, ao ponto de apontar armas aos colegas, algo que não liga bem com a sua congénere desenhada.

Olhando para trás, tivemos uma estreia espectacular, 3 episódios muito bons, um episódio razoável que a meio descamba para a patetiçe e um final amorfo. O saldo é positivo, mas as perspectivas para a segunda temporada não são as mais optimistas, ainda para mais quando chega a notícia de que toda a equipa de argumentistas foi despedida na semana passada. Vamos esperar para ver. Entretanto já saiu o 13º volume da banda desenhada, e essa sei que nunca me desilude!

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