Hoje trago-vos um dos mais aclamados filmes deste sub-género, o infame Ilsa, She Wolf of the SS, de 1975.

Ilsa, She Wolf of The SS narra a perturbante história da doutora Ilsa, gestora de um campo de concentração especial para mulheres, nos idos da Segunda Guerra Mundial. Aquando a sua chegada, as mulheres, Judias e não só, são divididas em dois grupos: as mais sensuais têm como destino os bordéis da caserna, as restantes serão alvo de experiências científicas aterradoras perpetradas pela própria doutora e ajudantes em trajes reduzidos ou mesmo destrajadas. As vítimas são cosidas em água a ferver, obrigadas a suportar pressões sobre-humanas, infectadas com as mais variadas doenças, gangrenadas propositadamente, masturbadas com dildos electrificados (!) e chicoteadas até à morte, apenas com o intuito de provar a teoria da doutora de que as mulheres conseguem suportar mais dor que os homens e que por isso deviam também poder combater nas linhas da frente! No fundo, um filme sobre a igualdade entre géneros!
Tudo o que foi dito no parágrafo anterior sobre o argumento deste filme pode ser substituído pela seguinte frase: Ilsa, She Wolf of the SS, é um filme sobre mulheres nuas a serem torturadas por outras mulheres nuas. Não se passam 2 minutos sem que alguém surja tal como veio ao mundo.
Existe também uma história paralela sobre os encontros sexuais entre Ilsa e os seus poucos cativos masculinos, que resultam inevitavelmente em castração, até chegar a vez de um Americano (claro!) que consegue retardar a sua ejaculação ao ponto de se tornar no amor proibido da malvada vilã, e manter o pirilau intacto! Ou seja, mais gente nua!
Por muito asquerosas e agressivas que as cenas deste filme possam ser (e são!), o que mais me ofende em Ilsa, She Wolf of the SS são os seus primeiros segundos. O disclamer com que o filme inicia ("We dedicate this film with the hope that these horrors will never happen again!") é hipocrisia descarada. É sabido que a personagem principal fora baseada em Ilsa Koch, uma Nazi das verdadeiras acusada entre outros crimes de coleccionar tatuagens removidas a prisioneiros, e que aconteceram atrocidades nos campos de concentração Nazis iguais ou piores que estas, mas o único objectivo em mente dos produtores deste filme sempre foi o lucro rápido e fácil. Uma vergonha!
Este filme teve direito a 3 sequelas e Rob Zombie prestou-lhe homenagem num dos trailers falsos (Werewolf Women of the SS) que acompanharam as sessões Norte-Americanas de Grindhouse, da dulpa Tarantino/Rodriguez, além de que vem sendo amplamente saudado por mais se aproximar da definição de "Politicamente Incorrecto" que os demais. Porém, pessoalmente, acabo aqui a minha aventura nos campos da Nazixploitation. Seguinte!
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