20.4.09

Filmes: Corre Lola Corre



Esta história passa-se à muito muito tempo atrás, no tempo em que os Limp Bizkit eram a maior banda do mundo (Lembram-se? Que vergonha...) . Manni fez merda. A sua carreira de traficante de droga estava a correr tão bem, e de repente vê-se a dever à máfia 100000 marcos alemães. Sem mais a quem recorrer, Manni telefona à sua namorada, Lola, que se prontifica em ajudá-lo. Lola tem 20 minutos para pedir o dinheiro ao seu pai, caso contrário Manni assaltará uma mercearia. Sem outra alternativa, Lola corre Berlim fora, contra o destino.

Os 20 minutos de corrida são multiplicados por três, levando a um igual número de cenários distintos: E se Lola chega tarde demais? E se Lola chega cedo demais? E mesmo se Lola chegar a horas, será que isso é o suficiente para salvar Manni? Por três vezes, somos confrontados por pequenas alterações no percurso da protagonista, e o seu efeito nas vidas das pessoas directamente influenciadas pelo enredo da história. Acção-reacção. O bater das asas de uma borboleta em Berlim pode originar um tsunami nas Filipinas. Corre Lola Corre (Lola Rennt, no original) é frenético, graças a uma edição de imagem violenta, mas impele-nos a reflectir sobre o peso das escolhas que fazemos na vida. E apesar de todas as personagens se tornarem irritantes de tão estúpidas que são, é esse mesmo aspecto que garante credibilidade ao filme, humanizando Lola e os seus pares.

O único aspecto que arrasta Corre Lola Corre para os anos 90 é a horrível banda sonora, uma pastiche de Euro-Rave-Trance-Scooter muito em voga na época. Mas desengane-se quem achar que isso reduz o interesse na película. Corre Lola Corre é uma explosão de adrenalina, o filme ideal para ser visto imediatamente antes de qualquer actividade física. É rápido, excitante, inteligente e visualmente apelativo, mesmo já com 10 anos em cima. Um bombom. Ainda nem sei como é que Hollywood não o arruinou com um remake...

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